Autorizada realização de processo seletivo próprio da UFG de forma complementar ao SiSU
Resolução foi aprovada na última sexta-feira (2), com o objetivo de ampliar e diversificar o acesso de estudantes ao ensino superior
Texto: Ysabella Portela
O Conselho de Ensino, Pesquisa, Extensão e Cultura (Cepec) da Universidade Federal de Goiás aprovou, na última sexta-feira (2), por meio de votação, uma resolução que amplia as formas de acesso aos cursos de graduação, autorizando a realização de processo seletivo próprio de forma complementar ao Sistema de Seleção Unificada (SiSU), para que haja o preenchimento pleno das vagas com todos os alunos matriculados antes do 1º dia de aula.
Em entrevista realizada no programa Boa Semana UFG, veiculado nesta segunda-feira (5), no canal UFG Oficial no YouTube, o pró-reitor de Graduação da UFG, Israel Elias Trindade, e a reitora Angelita Pereira de Lima comentaram sobre a decisão. Ao falar sobre os motivos para a UFG debater a volta de um processo seletivo próprio, Israel apontou que o principal desafio do SiSU é o tempo curto para as muitas etapas que devem ser cumpridas entre a aplicação das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e a matrícula na graduação. "O nosso objetivo é criar condições melhores para diversificarmos e ampliarmos ainda mais o acesso aos nossos cursos de graduação”, disse. De acordo com o pró-reitor, a adesão ao SiSU foi acertada e potencializou o alcance do processo seletivo da UFG, visto que no ano passado, em 2023, foram 52 mil inscrições, o que demonstra que há muitos estudantes que sonham em entrar na Universidade. Por outro lado, o curto tempo para todas as etapas do SiSU desfavorece a realização de mais chamadas e afeta os índices de preenchimento das vagas ofertadas, além de prejudicar os alunos que entram mais tarde nas graduações.
A entrada tardia dos estudantes de chamadas subsequentes também é uma preocupação da reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, pois o discente perde conteúdo de aulas e pode ficar prejudicado no ensino. “Isso tem um impacto na qualidade do ensino que esse estudante recebe, além de ameaçar a permanência dele na Universidade. Com o processo seletivo próprio nós podemos enfrentar esses dois problemas com a mesma solução, garantindo a entrada de todos para não sobrar nenhuma vaga e que essa entrada se dê exatamente no início do semestre”, afirmou.
Com a adesão ao processo seletivo próprio, a expectativa é de que haja o preenchimento total das vagas na graduação, a qual possui, atualmente, remanescência de 10%. Israel comentou ainda: "A gente não tem conseguido (o preenchimento integral) em virtude dos prazos que temos, por isso existe essa necessidade de propormos mudanças estruturais, resolvendo os problemas em sua origem, que é a gestão do tempo”, disse. Após a aprovação da resolução pelo Cepec, foi criada uma comissão para o estudo de viabilidade do processo seletivo, e seu resultado deverá ser apresentado para a Reitoria ao final, dando seguimento aos devidos trâmites.
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