UFG e Anatel assinam aditivo a projeto que busca combater fake news

Texto: Ana Paula Vieira
Fotos: Carlos Siqueira 

A UFG recebeu, nesta segunda-feira (16/10), o presidente do Conselho Superior do Centro de Altos Estudos em Comunicações Digitais e Inovações Tecnológicas (Ceadi) da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Alexandre Reis Siqueira Freire, que veio assinar um aditivo ao Termo de Execução Descentralizada (TED) nº 2/2022, celebrado entre a UFG e a Agência, para a realização do projeto “Avaliação de Impacto da Web 3.0: descentralizada, imersiva, semântica, centrada no usuário e conectada com o mundo físico”. O gestor foi recebido no Instituto de Informática (INF) pelo vice-reitor Jesiel Carvalho e pelo diretor da Unidade Acadêmica, Eliomar Araújo.

O aditivo assinado refere-se à quarta etapa do projeto que começou em 2022, com o objetivo geral de combater fake news e desinformação. No início da cerimônia, os professores Eliomar Araújo e Valdemar Vicente Graciano Neto proferiram a palestra “Quadro de referência sobre fake news: mecanismos de perícia, detecção e uso de técnicas para contenção da desinformação”. Eles explicaram o contexto geral do projeto e o planejamento da próxima fase, na qual a equipe vai desenvolver uma prova de conceito de uma solução tecnológica que possa contribuir com a contenção de notícias falsas.

O trabalho da quarta etapa já começou, com uma revisão sistemática da literatura existente sobre o tema. Os dados mostram que os principais assuntos estudados são a produção, o consumo e a disseminação de fake news, o que evidencia uma lacuna nas pesquisas sobre a temática da contenção, revelando uma oportunidade para o projeto em curso.

Em seu discurso, o representante do Ceadi/Anatel posicionou a UFG como grande parceira da Agência nesse desafio que ele considera um dos principais da atualidade: o combate à desinformação. Para Alexandre Freire, o projeto é de “extremo significado para a democracia e para que possamos ter uma melhor relação entre estado, sociedade e essa nova esfera pública que é a esfera pública digital”. Ele disse que a Anatel e a UFG tem um “diálogo virtuoso”. “Se conseguirmos encontrar respostas, iremos fazer parte de um momento importante da história brasileira. Tenho convicção que a UFG é a parceira correta nesse desafio”, resumiu o presidente do Ceadi/Anatel.

O vice-reitor Jesiel Carvalho agradeceu as palavras de Freire e destacou a importância do acordo: “Esse tema de hoje trata de um dos assuntos mais desafiadores da civilização. Nunca tivemos um acesso tão amplo à informação e, também, à desinformação. Nunca foi tão difícil e desafiador fazer a curadoria dessa informação”. O gestor da UFG lembrou que as redes sociais e a internet ampliaram o acesso a múltiplas informações, o que, para ele, é muito importante, porque democratiza o acesso ao conhecimento, mas gera também desinformação, por isso a necessidade de uma curadoria de credibilidade. “Me contenta ver que a Anatel está envolvida e liderando um processo nesse sentido. A UFG tem como meta e desafio permanentes colaborar com a estrutura do estado brasileiro para contribuir de maneira efetiva e imediata na resolução dos problemas da sociedade”, enfatizou Jesiel.

A diretora-executiva da Fundação de Apoio à Pesquisa (Funape), Sandramara Matias Chaves, também compôs a mesa diretiva do evento e lembrou que o projeto tem um reflexo imediato na sociedade, pois as fake news impactam a saúde das pessoas, a vida em sociedade e em diversos ambientes. “Esse projeto tem papel fundamental. A Funape está à disposição para que os projetos sejam executados da melhor forma possível, com eficiência, eficácia, transparência, ética e observando a legislação vigente”, reiterou Sandramara.

A cerimônia também contou com a participação do superintendente de Fiscalização da Anatel, Hermano Barros Tercius; do gerente regional da Anatel em Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins, Paulo Aurélio Pereira da Silva; e de professores, pesquisadores e estudantes do INF. Após a solenidade, os gestores também visitaram alguns laboratórios do INF e algumas instalações do Parque Tecnológico Samambaia.