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FICA 2023: Reitora da UFG entrega premiação da Mostra do Cinema Goiano

Updated at 06/20/23 08:44 .

Festival que teve correalização da UFG terminou nesse domingo (18/5)

Texto: Ana Paula Vieira

Fotos: Cidinha Tôrres e Rafael Lima


A reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, participou da cerimônia de premiação e encerramento do 24° Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA), no Cineteatro São Joaquim, na cidade de Goiás, na tarde desse domingo (18/6). 

Angelita entregou os prêmios da Mostra do Cinema Goiano, palco de lançamentos de curtas goianos e de revelação de novos talentos da produção audiovisual, com 14 filmes exibidos. A premiação foi marcada pela temática da diversidade, levantada por muitos dos realizadores premiados, exaltando a importância da participação de pessoas trans, gays, não binárias, mulheres, lésbicas, negros e indígenas no audiovisual.

A premiação da Mostra Becos da Minha Terra foi entregue pelo prefeito de Goiás, Aderson Liberato Gouvea e da Mostra Washington Novaes, pela secretária estadual de Cultura, Yara Nunes, que representou o governador Ronaldo Caiado durante a solenidade. A lista completa dos filmes premiados está disponível no perfil @fica.secultgoias no Instagram.

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Prêmios somaram R$ 188 mil distribuídos nas três mostras competitivas


Correalização da UFG
O FICA é realizado pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), com correalização da UFG, por meio da Fundação Rádio e Televisão Educativa (FRTVE). Foram mais de R$ 5 milhões investidos pelo Governo Estadual no evento, que teve 55 filmes exibidos em 20h de sessões, mais de 50 apresentações culturais, feira de gastronomia e artesanato e exposições com oito artistas da cidade de Goiás. Os prêmios somaram R$ 188 mil distribuídos nas três mostras competitivas. 

Para a reitora da UFG, a realização do FICA demonstrou que é possível organizar um evento com a Universidade à frente do convênio, alcançando êxito do ponto de vista da participação, da organização e da recepção da cidade. “O FICA foi muito elogiado pela qualidade artística, da sensibilidade, estética e a qualidade política no sentido de participação. Foi um FICA construído a partir de diálogos, e isso se dá porque a Universidade colocou à disposição sua expertise, a produção de conhecimento, a produção artística e seus melhores quadros para pensar, desenhar e executar esse FICA. A participação muito exitosa da Fundação RTVE também teve papel fundamental”, resumiu a reitora. Angelita também comemorou o trabalho conjunto das instituições de ensino superior e a importância da continuidade das políticas públicas que, conforme a reitora, traz mais qualidade às ações: “A partir da semana que vem, a 25ª edição do FICA já pode começar a ser preparada”.

Segundo a diretora executiva da Fundação RTVE, Silvana Coleta, a participação da Fundação no convênio e a realização do Fica foi um “desafio imenso”, mas demonstrou que a Fundação RTVE, hoje, é capaz de administrar qualquer tipo de projeto, seja ele de ensino, pesquisa, extensão ou um convênio da magnitude como é o acordo para correalização do FICA. “A equipe, mais uma vez, deu exemplo de uma competência fora do comum e fez a gente chegar ao objetivo que era entregar um FICA bacana, bem realizado”, disse Silvana. Ela destacou ainda a importância da parceria com o Execult, coordenado pela pró-reitora de Extensão e Cultura da UFG, Luana Ribeiro, com quem a execução do projeto foi dividida. “Muita parceria, muita conversa, decisões de última hora importantíssimas que resultaram no que temos aqui hoje. Com a expertise que a gente ganhou, vamos aperfeiçoar cada vez mais o convênio”, enfatizou a diretora. 

A pró-reitora de Extensão e Cultura da UFG, Luana Ribeiro, coordenadora do convênio com a Secult, ressaltou que a correalização do FICA foi um grande desafio pela complexidade do Festival; desafio esse que, segundo ela, foi vencido com um diálogo muito próximo com a Secult e a RTVE. “Fizemos profundas discussões para pensar na programação do Festival, envolvendo tanto o audiovisual quanto o meio ambiente, realocando a importância da discussão dessas temáticas, trazendo o Festival para seus tempos áureos, além das apresentações artísticas, com convidados de renome. Ficamos muito felizes com os resultados e feedbacks recebidos”, frisou a pró-reitora. Luana enfatizou também a importância da UFG na correalização do evento, envolvendo docentes, pensadores, pesquisadores, estudantes de todos os níveis, atuando em contribuição com a sociedade, que se faz a partir da troca da extensão universitária.

Cinema Goiano
Durante a cerimônia de premiação e encerramento do FICA, a UFG foi lembrada por dois dos realizadores premiados na Mostra do Cinema Goiano. Alê Carneiro, que levou os troféus de Melhor Filme de Ficção e Melhor Direção de Arte pelo curta Entredentes, disse, durante os agradecimentos: “Sou filho da UFG”. Egresso da Faculdade de Artes Visuais (FAV), onde cursou Design de Ambientes, Alê também passou pela TV UFG, onde fez estágio sob a orientação da professora Viviane Cruz e Silva. “Dentro do meu período de estágio eu aprendi muito, foi muito rico e com certeza ali foi uma semente que estava sendo plantada para que isso se desenvolvesse de uma forma mais grandiosa, para eu poder trabalhar com outros cenários tanto na área teatral como também na área do cinema. Eu só tenho a agradecer por essa experiência, vivência e oportunidade que a UFG me deu”, contou Alê Carneiro. 

A doutoranda em Antropologia Social na UFG, Lucinete Aparecida de Morais, juntamente com Marta Kalunga e Thaynara Rezende, levou quatro prêmios com o filme Marta Kalunga: Melhor Trilha Musical, Melhor Atuação, Melhor Direção e Melhor Documentário. Ela explicou que, no doutorado, desenvolve projeto sobre produção de imagens e disse que o filme foi um exercício para pensar essa produção de imagens para contribuir com o modo de vida das comunidades tradicionais e visibilizar o trabalho de direito à memória que Marta Kalunga faz em Cavalcante. “Eu trabalho com antropologia compartilhada, então a gente compartilha com as pessoas que fazem a técnica, que é a Thaynara Rezende, e também com a Marta Kalunga, que é a protagonista. Isso é uma forma de horizontalizar as relações do audiovisual, que muitas vezes são hierarquizadas, verticalizadas e capitalistas. A gente tá tentando um novo jeito de fazer cinema”, ressaltou Lucinete.

O professor do curso de Arquitetura e Urbanismo do Câmpus Goiás da UFG, Emilliano Freitas, foi premiado na Mostra Becos da Minha Terra com o troféu de Melhor Som pelo filme Mole. Emocionado, ele contou que o filme utilizou o áudio de fitas cassetes gravadas em 1989 com a mãe e a tia. Ele também ressaltou que é professor da UFG e se disse surpreso pela premiação na categoria Som, já que o filme utilizou fitas cassete. Emiliano ainda mencionou que o filme trata de temas íntimos e relacionadas à questões de diversidade sexual. 

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Alguns dos premiados no 23º Fica mencionaram seus vínculos com a UFG


Homenagens
Durante a cerimônia de encerramento do Festival, Chico Macedo, que é maquinista e chefe de maquinária de cinema, recebeu uma homenagem do FICA. Com cerca de 25 anos de atuação no audiovisual, ele participou de praticamente todas as produções na retomada do cinema feito em Goiás, a partir de 2000. Na cerimônia de abertura, o artista plástico e professor da UFG, Carlos Sena, foi um dos homenageados.

O encerramento ainda contou com a presença de autoridades da Prefeitura de Goiás, da Câmara Municipal de Goiás, da UFG, da Fundação RTVE, do Governo Estadual e representantes do poder legislativo de Goiânia. 

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Encerramento do FICA 2023 ocorreu no Cineteatro São Joaquim

 

 

Source: Reitoria Digital

Categories: Notícias