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UFG recebe assessora do MCTI para tratar de parcerias

Atualizada em 16/05/23 10:40.

Encontro discutiu convênio e investimentos para o Cempa Cerrado e contou com visita guiada ao Parque Tecnológico Samambaia

Texto e foto: Setor de Comunicação e Eventos da PRPI 

A Universidade Federal de Goiás (UFG) recebeu, nesta segunda (15/5), a visita da chefe da Assessoria do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Denise Carvalho. A representante do Governo Federal esteve no Gabinete da Reitoria, onde reuniu-se com a reitora, Angelita Pereira de Lima, e com o vice-reitor, Jesiel Carvalho. Uma das principais pautas discutidas foi o desenvolvimento de convênio envolvendo o Centro de Excelência em Estudos, Monitoramento e Previsões Ambientais do Cerrado, o Cempa-Cerrado, cujo objetivo é realizar estudos de previsão do tempo, cenários climáticos e modelos de produção agroclimáticos para o Centro-Oeste brasileiro.

A proposta de criação do Centro foi apresentada em 2020, mas foi em abril deste ano que o Conselho Universitário (Consuni) da UFG aprovou a resolução de sua criação. Ficou acordado, então, que a gestão da instituição deveria ser compartilhada com o Governo do Estado de Goiás, que investirá, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás (Fapeg), cerca de R$ 5,5 milhões ao longo de cinco anos, e também com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que integra o MCTI. “Meu objetivo aqui hoje é levar para a gestão do Ministério qual é a proposta final de parceria, inclusive do ponto de vista dos recursos financeiros e materiais necessários. Queremos ampliar o que já vem sendo feito com uma participação mais decisiva do Governo Federal”, afirmou Denise.

Durante o encontro, o caráter inovador e pioneiro do Cempa-Cerrado, sobretudo a partir do seu impacto para a região, foi bastante ressaltado. Uma possibilidade levantada foi a criação de um projeto maior de centros de excelência em pesquisa para os diferentes biomas brasileiros. “Tudo isso será analisado pelo MCTI, que já tem várias reuniões marcadas sobre o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e está formatando também junto à Casa Civil os projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)”, disse a assessora.

Parque Tecnológico Samambaia
Após este momento, ela foi levada, pelo vice-reitor, ao Parque Tecnológico Samambaia (PTS), vinculado à Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação da UFG (PRPI), para conhecer a estrutura do espaço. Ambos foram recebidos pelo diretor do Parque, Luizmar Júnior; pela pró-reitora adjunta de Pesquisa e Inovação, Fabíola Fiaccadori; e pelo diretor de Transferência e Inovação Tecnológica, Marinaldo Divino Ribeiro. A visita guiada começou pelo Laboratório Multiusuário de Computação de Alto Desempenho (LaMCAD), onde estão os supercomputadores que dão sustentação ao Cempa-Cerrado. Denise aproveitou a oportunidade para ressaltar que investimentos deverão ser feitos para consolidar o trabalho e viabilizar plenamente o funcionamento do Centro. Na sequência, ela foi conduzida para outros ambientes do Parque.

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Assessora do MCTI conhece instalações do Parque Tecnológico Samambaia

O primeiro núcleo visitado foi o Centro de Empreendedorismo e Incubação da UFG (CEI-UFG), que abriga diversas empresas, sobretudo de biotecnologia. Em seguida, ela esteve no Laboratório da Rede Ideias, Prototipagem e Empreendedorismo (IPELab UFG), onde teve a oportunidade de conhecer o projeto IPElab Volante, iniciativa que leva oficinas e demonstrações práticas de processos inovadores de criação e produção de peças e protótipos para diversas cidades de Goiás. O destino final foi o Centro Regional para o Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (CRTI), onde conheceu diversos laboratórios e divisões que prestam serviços de análise química, com foco na indústria de fármacos e da mineração.

Concluída a rota, a integrante do MCTI disse estar maravilhada com tudo o que viu. “Trata-se de um trabalho fantástico, não apenas pela inovação tecnológica mas também por causa da popularização da ciência. É um desafio para o Brasil hoje enfrentar o negacionismo científico, e o que vi aqui nos ajudará muito em termos de referências a serem abraçadas por todo o país”, destacou. Segundo Denise, a UFG cumpre um papel importantíssimo, de modo que a ciência e a tecnologia desenvolvidas nas universidades brasileiras agregam valor também material e econômico.

O vice-reitor da UFG, Jesiel Carvalho, avaliou a visita como bastante produtiva e reforçou a riqueza das ideias debatidas. Entre elas, o potencial de centros estruturantes, multiusuários e temáticos. “Aqui, no Centro-Oeste, em particular, defendemos a criação de um instituto de biotecnologia do Brasil central, que tenha a participação de várias instituições de ensino e pesquisa desta região, convertendo o conhecimento produzido em desenvolvimento tecnológico, produtos e processos de interesse da sociedade”, concluiu.

Fonte: PRPI

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