
Ifes goianas se unem pela defesa à Educação e apresentam situação orçamentária crítica
Reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima aponta necessidade de recomposição financeira dentro do ensino superior
Texto: Augusto Araújo

Os reitores da Universidade Federal de Goiás (UFG), Instituto Federal de Goiás (IFG), Instituto Federal Goiano (IF Goiano), Universidade Federal de Catalão (UFCat) e Universidade Federal de Jataí (UFJ) se reuniram nesta terça-feira (18/10), no Salão Nobre da Faculdade de Direito (FD/UFG) para uma coletiva de imprensa, onde apresentaram a gravidade da situação orçamentária destas Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) diante dos sucessivos bloqueios e cortes praticados pelo governo federal.
Durante a coletiva, os gestores foram enfáticos ao ressaltar a situação crítica que as Ifes goianas estão enfrentando, com a impossibilidade de promover a prática adequada das ações dentro das universidades.
A reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, afirmou que as instituições de ensino passam por uma situação ingovernável e é necessária uma recomposição financeira séria, para que sejam solucionadas as questões que elas enfrentam.
“Além da reposição do corte orçamentário, que nos penaliza e nos obriga a entrar no próximo ano em crise, sem recurso, nós precisamos fazer uma recomposição do orçamento para 2023, levando em consideração essa última década de redução do financiamento da rede federal de ensino superior. Se não mudarmos essa situação, estão em risco as pesquisas, a ciência e a tecnologia produzidas e revertidas para a sociedade”, complementou.
Elias de Pádua, reitor do IF Goiano, destacou que a instituição vem historicamente passando por cortes sucessivos, que interferem no planejamento orçamentário do instituto, principalmente se tratando das ações de permanência e êxito dos estudantes. “Estamos buscando apoio da comunidade e nos unindo como instituições públicas de ensino, para que possamos jogar luz nessa questão que é tão cara para nós, reivindicando o olhar especial daqueles que decidem os rumos das instituições”.
Por sua vez, a reitora do IFG, Oneida Cristina Gomes Barcelos Irigon, pontuou que o instituto luta para conseguir atender os 70% de alunos em vulnerabilidade social que precisam de auxílio estudantil. “Nós voltamos para um orçamento de R$ 47 milhões, quando deveríamos receber mais de R$ 100 milhões, que nos é de direito. Não temos aumentos desde 2016 e deixamos de fazer muitas atividades [em decorrência dos cortes]”.
Roselma Lucchese, reitora pro tempore da UFCAT, afirmou que desde a criação da Universidade, em 2018, não foram feitos novos investimentos para a sua devida implantação e criação de um sistema administrativo, sendo que a instituição está se mantendo com os mesmos recursos que recebia quando era uma regional da UFG. “Nós estamos escolhendo as contas que podemos pagar. Assim, nós escolhemos manter os auxílios aos estudantes e o pagamento dos funcionários terceirizados, para continuar funcionando. É uma situação dramática e desesperadora”.
Já o reitor da UFJ, Américo Nunes da Silveira Neto, ressaltou a importância da união das Ifes goianas para a reestruturação do ensino superior em Goiás. “Nós precisamos e estamos lutando pela recomposição orçamentária de custeio do ano de 2022, para que a universidade consiga terminar o ano e não entre em colapso. Além disso, consideramos que é necessário e urgente que seja desenvolvida uma política de valorização às instituições de ensino”, concluiu.
Source: Reitoria Digital UFG