Reitora da UFG representa jornalistas em homenagem da Câmara de Goiânia
Sessão Especial de Homenagem a Jornalistas Pela Democracia foi realizada nesta segunda-feira (2/5)
Texto: Ana Paula Vieira
Fotos: Alberto Maia (Câmara de Goiânia)
A reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, participou da Sessão Especial de Homenagem a Jornalistas Pela Democracia realizada por iniciativa da vereadora Aava Santiago na Câmara de Vereadores de Goiânia nesta segunda-feira (2/5). Angelita compôs a mesa da solenidade e representou as jornalistas homenageadas.
Em seu discurso, a proponente da ação, vereadora Aava Santiago, falou sobre a importância da luta pela garantia da liberdade de imprensa. Segundo ela, desde 1990, 2021 foi o segundo ano consecutivo de aumento nas agressões sofridas por jornalistas no exercício da profissão. “É inaceitável que um país que tão recentemente vivenciou um processo de ditadura tenha perdido sua memória, se esquecido de Vladimir, se esquecido dos porões que até hoje nos assombram e agora ganham novos contornos”, analisou Aava.
A vereadora encerrou sua fala com um pedido: “Abrimos os trabalhos da semana mundial pela liberdade de imprensa fazendo um pedido aos senhores: por favor não parem. Não parem de nos incomodar, não parem de expor as vísceras do parlamento. Eu tenho a esperança de que mesmo cambaleante, mesmo naufragante, a verdade ainda prevalecerá e ela prevalecerá porque as senhoras e os senhores, no momento mais tenebroso da nossa democracia, não deixaram de usar suas canetas, suas câmeras e suas vozes. Por favor, não parem”.
A reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, que é jornalista, afirmou que o jornalismo é a melhor profissão do mundo: “Primeiro porque a gente faz porque a gente escolhe; depois porque a gente permanece porque gosta e terceiro porque não existe uma profissão que desafie mais nossa inteligência, cultura, a nossa potência política do que o jornalismo, porque o jornalismo, mais do que buscar a verdade, é uma profissão basilar, é eixo para uma estrutura de sociedade democrática”.
De acordo com Angelita, pesquisas relacionam índices de desenvolvimento com a disponibilidade de informações locais. “A informação local, aquela que se refere à vida das pessoas, produzida por jornalistas, por pessoas preparadas, interfere no desenvolvimento local e na qualidade de vida das pessoas. É uma profissão que é um instrumento de desenvolvimento e de defesa da vida das pessoas”, disse ela. Segundo a reitora, exatamente por essa característica, o contexto atual é adverso para os profissionais e para a liberdade de imprensa: “Para quem não tem projetos, é preciso atacar essa instituição tão forte, enfraquecê-la; e se enfraquece uma instituição atacando as pessoas. O primeiro caminho é desqualificar quem faz o jornalismo”.
A reitora da UFG ainda destacou que, durante a pandemia, duas instituições que geralmente são muito atacadas foram reconhecidas: a universidade e o jornalismo. “A ciência nos permitiu enfrentar a pandemia e nos permitiu estarmos vivos aqui. A ciência ganhou credibilidade e reconhecimento da sociedade. A outra instituição que paradoxalmente se fortaleceu foi o jornalismo, porque sabemos que para atacar a ciência e desqualificar todo o trabalho em prol da ciência, isso foi feito por meio da desinformação. Existe técnica, técnica psicológica e dinheiro para produzir desinformação, é um processo político intencional absolutamente medido e pago para se obter determinadas alterações políticas”, disse Angelita.
Nesse contexto, conforme a reitora, o jornalismo foi reconhecido como necessário ao combate à desinformação. “Nós, jornalistas, e a instituição jornalismo sai da pandemia fortalecida porque as pessoas perceberam que é necessário que se faça produção de informações checadas, investigadas, com articulação de fontes com credibilidade, com informações seguras e, ao fazer isso, o jornalismo se fortalece. Nesse dia de homenagem, eu quero parabenizar, dizer que nós estamos vencendo o vírus por causa da ciência e precisamos agora vencer o obscurantismo. Para vencer o obscurantismo, o jornalismo é fundamental”.
O presidente da Associação Goiana de Rádios Comerciais (Agora) José Luiz Martins representou os homenageados e a assessora da presidência da Associação Goiana de Imprensa (AGI) Rejane Pessoa também compôs a mesa de honra da solenidade. Ao final dos discursos, diversos jornalistas goianos receberam o diploma de honra ao mérito da Câmara de Vereadores.

Fonte: Reitoria Digital UFG
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