Reitoria participa de debate sobre a ampliação das aulas presenciais em 2022

Texto: Gabriel Nonato*
Imagem: Reprodução Youtube

A Reitoria participou nessa segunda-feira (18/10) de debate com representantes do Diretório Central dos Estudantes (DCE), da Associação de Pós-Graduandos (APG), do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás (SINT-IFESgo) e do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg) sobre o processo de transição do ensino remoto emergencial para o presencial, que começará a ser implantado no dia 17 de janeiro de 2022, após o recesso acadêmico de fim de ano.

Segundo o reitor da UFG, Edward Madureira, será um período de transição onde as disciplinas serão ofertadas nos formatos presencial, híbrido ou remoto. “Da mesma forma como nós trabalhamos na transição do ensino presencial para o remoto, nós iremos trabalhar nesse retorno sabendo que vai ser para um lugar diferente do lugar onde nós estávamos. Não é exatamente voltar ao presencial, até porque a estrutura da Universidade não suporta, então todo cuidado deve ser tomado”, afirmou Edward.

Sobre o controle de possíveis casos de covid-19, o reitor esclareceu que o Grupo de Trabalho (GT) para Análise, Discussão e Construção do Protocolo de Retorno às Atividades Presenciais está trabalhando para definir os procedimentos exatos de monitoramento durante o semestre. Segundo Edward, se surgir algum caso confirmado em alguma atividade, ela será imediatamente suspensa por um período que o GT, na área temática Saúde, irá definir.

A distribuição de Equipamentos de Proteção Individual, segundo o reitor, será de acordo com cada situação particular. Sobre máscaras, ele afirmou que por ser um equipamento obrigatório para todas as situações em um panorama geral, esse item não será fornecido da mesma forma para todos, mas a Universidade irá manter um estoque para situações especiais. Já os demais equipamentos, como face shield, luvas, etc, serão totalmente fornecidos para os locais em que eles foram necessários.

Assistência estudantil
Um outro tema levantado no debate foi a Assistência Estudantil. O reitor Edward Madureira esclareceu que o orçamento para a assistência está garantido até o final do ano, mas que para 2022 existe uma preocupação, pois a Lei Orçamentária do próximo ano ainda está sendo discutida pelo Congresso Nacional.

“Com relação a 2022, o orçamento que está no Congresso, retorna ao valor de 2020, o que não é bom o suficiente, nem de longe, porque nesses dois anos nós tivemos uma inflação muito grande. Uma ação que nós fazemos no Congresso agora é justamente para ter um orçamento melhor para 2022”, disse o reitor.

Edward comentou que a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis irá se atentar para alunos que necessitarem de uma assistência específica para o retorno presencial, mas que por conta do orçamento atual, a Universidade não poderá garantir um auxílio ampliado para o retorno dos estudantes.

Restaurante Universitário
Sobre o RU, o reitor esclareceu que as unidades serão reabertas, mas que há uma preocupação com as medidas de segurança. No cenário atual, segundo Madureira, ainda não há como prever o número de alunos que irão utilizar efetivamente os restaurantes. Para ele, com parte das aulas permanecendo em modo remoto, o fluxo de estudantes será menor e isso possibilitará medidas de distanciamento, mas os ajustes dos protocolos serão feitos a partir do início do próximo semestre.

Outro ponto discutido foi o impacto da inflação nos alimentos: “A Universidade certamente não vai ter condição de subsidiar a alimentação, como ela fazia até agora, para todos os estudantes. É impraticável. Nós vamos ter que focar no estudante de baixa renda, porque o preço da refeição vai ter um aumento muito grande para a Universidade”, argumentou Edward.

O encontro foi transmitido no canal oficial da Adufg-Sindicato no Youtube. Participaram do debate a pró-reitora de graduação, Jaqueline Araujo; a pró-reitora de assuntos estudantis, Maisa Silva; o coordenador geral do Sint-Ifes, Fernando Mota; o presidente da Adufg-Sindicato, Flávio Alves da Silva, a coordenadora do DCE, Letícia Scalabrini e a coordenadora da APG-UFG, Ana Dirino.

*estagiário, sob supervisão de Fabrício Soveral