Proifes

“Pesquisa e Universidade no cenário de pandemia” é tema de palestra do reitor da UFG em conferência nacional

Atualizada em 08/07/21 16:48.

Edward Madureira destacou que a capacidade de investimentos nas pesquisas afeta a autonomia universitária

Texto: Fabrício Soveral
Foto: Reprodução/Youtube Proifes

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A Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia, promovida pela Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico Técnico e Tecnológico (Proifes), teve como palestrante, na tarde desta quinta-feira (8/7), o reitor da UFG e presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Edward Madureira. Ele proferiu a palestra “Pesquisa e Universidade no cenário de pandemia e outras crises globais: o problema da fuga de cérebros no Brasil”.

Edward iniciou a discussão enaltecendo a importância das universidades públicas para o desenvolvimento social e disse que elas são “o maior patrimônio do povo brasileiro”, entre outros motivos, por corrigir assimetrias existentes no país e criar oportunidades para as pessoas. Ele também fez um resgate histórico sobre o desenvolvimento delas destacando o ano de 2005 como um marco para a expansão, devido ao processo de interiorização que fez com que as universidades passassem a ter estruturas com múltiplos câmpus.

O reitor disse que a realidade das universidades brasileiras foi próspera há alguns anos e o investimento realizado nesse período é um dos motivos para a rápida resposta dada por elas no enfrentamento à pandemia da Covid-19. As ações tiveram como característica a integração de disciplinas: “Não existe área do conhecimento que não seja essencial para a construção do saber para a sociedade”, destacou.

Madureira fez uma relação entre a capacidade de investimentos nas pesquisas e a autonomia universitária. “Com os cortes orçamentários, houve esforço dos gestores em proteger a sala de aula, mas quando perdemos a capacidade de financiar projetos e bolsas, perdemos autonomia junto e um dos efeitos é a fuga de cérebros porque os pesquisadores vão atrás de melhores oportunidades”.

Por fim, o reitor ainda lembrou a necessidade de investimento em museus de ciências no país e outras iniciativas do gênero para estimular o interesse pelas ciências nos jovens estudantes.

A palestra teve a mediação de Ênio Pontes, diretor de Ciência e Tecnologia do Proifes-Federação, com a presença dos debatedores Gil Vicente Reis, diretor de relações internacionais do Proifes-Federação; Bárbara Coelho, da APUB-Sindicato; e Sérgio Bampi, do ADUFRGS-Sindical.

Fonte: Reitoria Digital UFG

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