
UFG e UnB realizam Colóquio Internacional Amazônicas VIII
Evento teve início na manhã desta segunda-feira (31/5)
Texto: Ana Paula Vieira
Teve início na manhã desta segunda-feira (31/5), o Colóquio Amazônicas VIII, organizado pelo Núcleo de Tipologia Linguística, coordenado conjuntamente por pesquisadores da UFG e da Universidade de Brasília (UnB). Com o tema “Espiritualidade, arte e nativos na Amazônia: por onde iniciar um diálogo?”, o Colóquio conta com linguistas brasileiros e estrangeiros e, na UFG, ocorre no âmbito do Núcleo Takinahakỹ de Formação Superior Indígena.
A professora Christiane Cunha de Oliveira mediou a abertura do evento. Ela coordena o NTL juntamente com o professor da UnB Dioney Moreira Gomes, que apresentou o Núcleo, resultado de uma parceria de dez anos entre UFG e UnB e que hoje conta com 13 pesquisadores de diversas instituições.
A coordenadora do Núcleo Takinahakỹ, Lilian Abram, destacou a importância do Amazônicas: “Todos nós que valorizamos a ciência, a universidade pública, a educação e os direitos humanos compreendemos a relevância de um evento dedicado ao estudo, reconhecimento e valorização das línguas indígenas”.
Para o diretor da Faculdade de Letras da UFG, Jamesson Buarque, o evento é também um ato político e um ato de resistência: “Um evento que saúda a vida dos povos indígenas da América é um evento de enfrentamento no contexto atual. Mantê-lo é um grande enfrentamento, um ato de grande resistência e de reconhecimento da relevância dos povos, o que já é marcante na UFG e na UnB”.
A coordenadora de Cultura da Representação da Unesco no Brasil, Isabel de Paula, ressaltou que a entidade está elaborando um plano de ação global da década internacional das línguas indígenas (2022-2032). Segundo ela, a ação vai ser “uma oportunidade muito grande para ampliar a conscientização sobre as línguas indígenas para o desenvolvimento sustentável, para a construção da paz, reconciliação entre as sociedades, mobilizar partes interessadas e recursos em todo o mundo para promover e garantir a diversidade das línguas indígenas”.
O reitor da UFG, Edward Madureira, também enfatizou a relevância do evento e do tema: “Falar de línguas indígenas, Amazônia, falar de tudo isso é muito caro nesse momento de tanta negação, de tanto ataque, de tanto descaso com as pessoas, com a vida, com o os indígenas, com as populações historicamente excluídas no nosso país. É preciso resistir e o sucesso do evento é uma forma muito grande de resistência”.
A coordenadora do comitê organizador local, Marina Magalhães, agradeceu aos parceiros na realização do Amazônicas. Após a abertura, a programação continua com mesa-redonda com Ailton Krenak e Jaider Esbell.
Fonte: Reitoria Digital UFG
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