
Ato da UFBA reúne academia, parlamentares e entidades em defesa da ciência e educação
Reitor da UFG, Edward Madureira, foi um dos participantes do evento que ocorreu remotamente nesta terça-feira (18/5)
Texto: Ana Paula Vieira
“EducAÇÃO contra a barbárie - todos em defesa da ciência e da vida contra o desmonte da educação pública”, ato promovido pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) de maneira remota nesta terça-feira (18/5), reuniu parlamentares, reitores, representantes de sociedades científicas, de associações de classe e de entidades estudantis, entre eles o reitor da UFG e presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Edward Madureira.
Mais de 5 mil pessoas acompanharam o evento, que abordou a situação financeira das universidades federais em geral e da UFBA em específico, a defesa da ciência, da autonomia universitária, das ações afirmativas e das universidades públicas. O professor da UFG Nelson Cardoso Amaral foi o primeiro convidado a falar e mostrou números do orçamento das universidades federais. Segundo os dados apresentados por ele, entre 2014 e 2021 houve uma queda de R$ 3,5 bilhões nos recursos para as despesas correntes das instituições. Quanto aos investimentos, ele ressaltou que a redução foi praticamente a zero: eram cerca de R$ 2,8 bilhões em 2014 e houve uma queda de R$ 2,7 bilhões. Essas reduções ocorreram paralelamente a um aumento do número de estudantes: em 2005 eram cerca de 550 mil, número que passou de um milhão em 2019.
Um dos convidados, o reitor Edward Madureira participou do encerramento do ato, que ele classificou como um momento histórico. Em sua fala, ressaltou o potencial do país e das universidades: “O Brasil tem 8,5 milhões de km², 211 milhões de habitantes, PIB de R$ 7,4 trilhões. Só por esses números devia estar entre as três primeiras economias do mundo. Não está pelas razões que estamos explicitando aqui. Um país com recursos naturais abundantes, um potencial incalculável e desconhecido que só será conhecido a partir da ciência, tecnologia e educação”.
O reitor da UFG lembrou ainda o potencial do sistema de ensino superior brasileiro, que conta com 69 universidades federais, 38 institutos federais, 2 Cefets e 40 universidades estaduais. De acordo com Edward, são 150 instituições que envolvem 3 milhões de estudantes e 300 mil trabalhadores. “Esse sistema é novo e foi construído majoritariamente nos últimos anos. Ele mostra uma capacidade de resposta extraordinária, que traz consigo o futuro da nossa nação, que promove a justiça social pela inclusão e é formado por pessoas idealistas, motivadas, comprometidas, resilientes. As ameaças a que estamos submetidos serão superadas pela força dessas pessoas”, analisou Edward.
No encerramento, o reitor da UFBA, João Carlos Salles, ressaltou que o ato cumpriu uma parte fundamental da missão universitária: apresentar argumentos. “A universidade deve sempre lembrar à sociedade um valor essencial da vida democrática: a precedência da palavra sobre qualquer outro mecanismo de poder. É nosso dever prezar a argumentação, não a agressão, o ataque, a polêmica simplesmente. E isso, nosso ato trouxe, sendo também um exemplo de nossa natureza”, frisou o reitor.
O ato também contou com diversas intervenções culturais e está disponível no canal da TV UFBA no Youtube. Clique aqui para assistir.
Fonte: Reitoria Digital UFG
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