
Reitor volta a fazer alerta sobre cortes no orçamento das universidades
Edward Madureira participou de um debate promovido pelo Proifes Federação, nesta quarta-feira (27/1)
Texto: Fabrício Soveral
Foto: Reprodução/Youtube Proifes
O reitor da UFG e presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Edward Madureira, participou de um debate sobre as universidades brasileiras, na tarde desta quarta-feira (27/1). O evento foi promovido pela Proifes Federação, que reúne sindicatos de professores de institutos federais do país, e também teve como convidados o presidente da entidade, Nilton Brandão; o presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Iago Montalvão; e a vice-presidente de Assuntos Acadêmicos do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), Sônia Regina Fernandes.
Edward lembrou que desde 2015 o orçamento das universidades está congelado e isso na prática “significa um orçamento decrescente”, pois os serviços de manutenção sofrem reajustes todos os anos. Além disso, a proposta de lei orçamentária para 2021 enviada pelo governo federal ao Congresso prevê um corte no orçamento discricionário das universidades e institutos federais de 18,2%. O corte, somando todas as instituições de ensino, gira em torno de R$ 1 bilhão.
“Estamos falando de recursos de manutenção, se esse orçamento for aprovado as universidades ficam sem margem nenhuma de investir na questão pedagógica, além disso, vão chegar ao fim do ano endividadas porque não vão conseguir honrar os seus compromissos”, alertou Madureira.
O reitor da UFG ainda falou sobre os problemas para o pagamento das bolsas estudantis que colaboram com a permanência dos estudantes de baixa renda nas universidades. “Esse corte também atinge o Pnaes [Plano Nacional de Assistência Estudantil] e o que vamos fazer? Vamos diminuir as bolsas em 18% ou vamos pagar só até outubro?”, indagou.
Ao final da discussão, os participantes concordaram que o momento é de união e mobilização porque o quadro ainda pode ser revertido durante a tramitação do projeto no Congresso.
Fonte: Reitoria Digital/UFG