
“Quando a universidade descobre, acredita e se move, nada a detém”, diz reitor
Afirmação foi feita no debate "Desafios e oportunidades do planejamento do pós-pandemia", durante Seminário sobre planejamento no setor público
Texto e foto: Sabryna Moreno
“Desafios e oportunidades do planejamento no pós-pandemia” foi o tema do segundo e último debate do seminário sobre o papel do planejamento no setor público, promovido pela Secretaria de Planejamento, Avaliação e Informações Institucionais (Secplan) da UFG, nesta sexta-feira (27/11). A mesa foi moderada pelo coordenador da Secplan, Vicente Ferreira, e composta pelo reitor da UFG e presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Edward Madureira; pelo integrante do Conselho Nacional de Educação (CNE), Mozart Ramos, e pelo Superintendente Central de Planejamento da Secretaria de Economia do Estado de Goiás, Cláudio Nogueira.
Para Edward Madureira, a união entre as instituições de ensino e os governos é a chave para um futuro melhor: “Eu tenho certeza que a gente tem todos os elementos para aproveitar aquilo que eu chamo de ‘última janela de oportunidades’ do nosso país. Basta olhar o nosso censo demográfico, nossa população envelhece, o número de jovens diminui, e se a gente esperar mais dez anos para fazer a transformação, a chance de esse país ser uma nação soberana e autônoma vai passar, e quem será prejudicado não é o Brasil, é a humanidade como um todo”.
Mozart Ramos também destacou dados estatísticos sobre a população brasileira ao falar da necessidade do planejamento da universidade para um contínuo formativo. Nesse contexto, ele sugeriu à Andifes a criação de um “Observatório do Egresso”. “A pirâmide demográfica do Brasil está mudando rapidamente, a base está estreitando, são menos jovens. Por outro lado, o topo da pirâmide demográfica está se ampliando e alargando, o que vai exigir desse país, como nunca, jovens muito bem preparados para poderem sustentar a base demográfica, e as universidades públicas têm um papel absolutamente estratégico para isso”, analisou Ramos.
O reitor da UFG ainda afirmou que, apesar das dificuldades de adaptação a novas ferramentas, a universidade está conseguindo enfrentar os impactos causados pela pandemia: “Ela é conservadora, resistente à mudanças, mas a pandemia mostrou para nós que o nosso potencial é ilimitado, em termos de colaboração e cooperação. Essa é a vantagem da universidade. Quando ela descobre, acredita e se move em uma direção, nada a detém também”.
O Superintendente Central de Planejamento da Secretaria de Economia do Estado de Goiás, Cláudio Nogueira, citou algumas iniciativas do governo estadual, como o Fundo de Proteção Social do Estado de Goiás (Protege) e falou sobre os objetivos da gestão: “A gente tem a preocupação de buscar maior eficiência na utilização dos recursos públicos, dentro de uma perspectiva de planejar melhor as ações, de forma a tentar maximizar os efeitos dessa utilização, que não seria só a melhoria de indicadores. A gente tem que pensar que existem pessoas que são alvos das nossas políticas públicas”.
Outros assuntos, como a metodologia de ensino híbrido, a aproximação de universidade e escola de educação básica, a importância da sensibilidade em sala de aula, Plano Plurianual e a descentralização da saúde foram discutidos. O evento foi transmitido pelo canal UFG Oficial no YouTube. Clique aqui para assistir.
Fonte: Reitoria Digital/UFG
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