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Reitor participa de reunião da Associação de Universidades Grupo Montevidéu

Updated at 10/09/20 18:07 .

Edward Madureira reafirmou a defesa da autonomia universitária, um dos temas em pauta no encontro 

Texto: Ana Paula Vieira

A Associação de Universidades Grupo Montevidéu (AUGM), formada por universidades públicas da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai, reuniu seu Conselho Pleno na tarde desta sexta-feira (9/10), e a autonomia universitária foi um dos temas em pauta. O reitor da UFG, Edward Madureira, participou do encontro e comentou sobre a situação das universidades federais brasileiras, falando enquanto presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes).

Vários dirigentes relataram sobre o cenário do ensino superior público e a autonomia universitária em seus países. O reitor Edward Madureira lembrou que, em seu último Conselho Pleno, a Andifes reafirmou o posicionamento da entidade em defesa da autonomia universitária. Ele também ressaltou o tema da nomeação dos reitores das universidades federais no Brasil: “A tradição dos praticamente últimos 20 anos, antes de 2019, é de que o Presidente da República respeitava a lista encaminhada pela Universidade e nomeava sempre o primeiro nome. De 2019 pra cá, passamos a ter reitores que não tem o reconhecimento da comunidade universitária sendo nomeados”. 

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Reitor da UFG e presidente da Andifes em reunião virtual do Conselho Pleno da AUGM 

Em relação à nomeação de reitores, Edward acrescentou que está em votação no Supremo Tribunal Federal uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) sobre o assunto. De acordo com Edward, dos 11 ministros da Corte, dois já emitiram posição favorável a que o primeiro colocado da lista encaminhada pelas universidades seja o nomeado pelo Presidente da República. “Estamos aguardando os outros votos. Se consolidado, será um grande avanço na autonomia universitária no nosso país”, analisou o reitor.

O reitor Paulo Burmman, integrante da Diretoria Executiva da Andifes, e a reitora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Sandra Goulart, também se manifestaram sobre a questão da autonomia universitária no Brasil. Eles pontuaram que o orçamento das instituições, devido à previsão de cortes, é outra grande preocupação. Falando em nome da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), José Celso comentou o caso das universidades estaduais paulistas que, após negociações, foram excluídas de projeto de lei que previa o recolhimento dos superávits financeiros ordinários das instituições, referentes ao ano de 2019.

Representantes de diferentes instituições que compõem a AUGM se manifestaram em apoio à defesa da autonomia universitária das universidades públicas brasileiras.

Source: Reitoria Digital/UFG

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