UFG realiza VII Seminário sobre Acessibilidade

Texto: Ana Paula Vieira

O VII Seminário sobre Acessibilidade na UFG, uma das ações em alusão ao Setembro Verde - campanha dedicada à luta pelos direitos das pessoas com deficiência - começou nesta segunda-feira (21/7), em formato on-line pelo canal UFG Oficial no Youtube. A abertura contou com a participação do reitor Edward Madureira, da vice-reitora Sandramara Matias, da pró-reitora de Graduação Jaqueline Civardi, do presidente da Comissão dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – Seccional do Estado de Goiás, Diego de Castilho Suckow Magalhães e mediação da diretora do Núcleo de Acessibilidade da UFG, Ana Cláudia Antonio Maranhão Sá.

A data de 21 de setembro marca o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência e a diretora Ana Cláudia Antonio Maranhão Sá explica que a coincidência com o dia da árvore simboliza o nascimento da luta pelos direitos das pessoas com deficiência: “Trazemos um sentimento de renovação e reivindicação em prol da cidadania, inclusão e participação plena na sociedade”. 

Na abertura do Seminário, a pró-reitora Jaqueline Civardi falou sobre sua trajetória e experiências como docente na educação básica e na educação superior, quando trabalhou com pessoas com deficiência. Segundo ela, foi um grande desafio como professora, e que continua no papel de gestora: “Temos a clareza de uma série de projetos e ações que precisamos desenvolver e estamos desenvolvendo. As políticas públicas precisam ser muito mais efetivas com relação às pessoas com deficiência. A UFG é uma universidade inclusiva, que busca e discute, envolve a preocupação com a qualidade do ensino e sempre defende essa causa”. 

A vice-reitora da UFG, Sandramara Matias, fez um resgate histórico das iniciativas empreendidas pela Universidade nos últimos anos, em prol da inclusão. De acordo com ela, a semente do Núcleo de Acessibilidade começou com um projeto aprovado em 2009, com a participação de diversos docentes: “De lá pra cá o núcleo de acessibilidade cresceu e tem desempenhado um papel fundamental não só no atendimento e acompanhamento mas também no trabalho educativo e formativo, de preparar e qualificar os profissionais da UFG para lidar com as pessoas com deficiência”. Sandramara também enfatizou que a criação do Núcleo faz parte de um contexto da UFG de preocupação com a inclusão de camadas da sociedade que foram alijadas da participação no ensino superior por condições socioeconômicas, pela sua origem, pelos seus comprometimentos. “Desde 2007 a UFG foi uma das pioneiras no País a criar um programa de inclusão social, que é o UFG Inclui, marca desse olhar para as pessoas que não tinham a possibilidade de acesso ao ensino superior por diferentes fatores”, lembrou a vice-reitora.

Em sua fala, o reitor Edward Madureira também destacou o avanço dos últimos anos, mas constatou a necessidade de continuar desenvolvendo ações voltadas para a inclusão das pessoas com deficiência: “Temos muito o que crescer, avançar, e precisamos contar com pessoas que ajudaram a construir esse caminho na UFG. Temos um caminho enorme para trilhar e uma das propostas que tenho colocado a frente da Andifes é a integração das universidades nos mais diferentes aspectos, e esse é um dos quais as universidades têm a contribuir”. O reitor enfatizou ainda a importância do envolvimento de diversos atores e setores na luta em prol dos direitos das pessoas com deficiência: “Fazer esse seminário é fundamental, ter a OAB do lado é fundamental, envolver Câmara, Assembleia, Poder Executivo, outras universidades, institutos federais, para continuar avançando. Vamos adiante, para que a gente possa buscar um mundo que consiga proporcionar uma plenitude de atividades para as pessoas com deficiência”. 

O presidente da Comissão dos Direitos da Pessoa com Deficiência da OAB-GO, Diego de Castilho Suckow Magalhães, falou sobre o papel da Comissão, de “defender a Constituição, a ordem jurídica, estado democratico de direitos, os direitos humanos, a justiça social e os direitos da pessoa com deficiência”. Entre as tarefas, também está o estímulo às instituições para que discutam o tema e criem espaços de aprendizagem, com apoio pedagógico, salas com recursos, programas específicos que possam atender a pessoas com deficiência. Diego ressaltou que a luta pelos direitos das pessoas com deficiência deve ser contínua: “É importante ter a participação da instituição de ensino, a comunidade acadêmica envolvida, a sociedade, que as legislações sejam realmente implementadas para que a gente perceba de forma permanente o envolvimento de toda a sociedade civil organizada, do poder público municipal, estadual e federal na luta da pessoa com deficiência”. 

A programação do VII Seminário sobre Acessibilidade na UFG continua na tarde desta segunda-feira (21/9), às 14h, com a live “Estudos desenvolvidos pela equipe do Núcleo de Acessibilidade – Regional Goiânia” e nesta terça-feira (22/9), às 10h, com a mesa “Diálogos a respeito das ações dos Núcleos de Acessibilidade das instituições UFG, UFCat e UFJ”, transmitidas pelo canal UFG Oficial no YouTube.

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