Universidades Federais falam sobre resoluções que permitem o ensino remoto

Texto: Fabrício Soveral
Foto: Reprodução

As resoluções que estão permitindo a retomada das atividades por meio de ensino remoto nas Universidades Federais foi o tema de uma entrevista coletiva online, nesta quinta-feira (20/8), com a diretoria da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes). O presidente da associação e reitor da UFG, Edward Madureira, informou que até agora 54 das 69 Universidades Federais do país aprovaram resoluções para a retomada das aulas em sistema remoto.

Durante pouco mais de uma hora, os reitores responderam perguntas de jornalistas sobre os efeitos das resoluções. Foram discutidos pontos como o auxílio de conectividade e equipamentos de informática para os estudantes de baixa renda; a possibilidade de aulas síncronas e assíncronas nas atividades; a suspensão de algumas disciplinas práticas que serão ofertadas quando for possível o ensino presencial novamente; entre outros.

O reitor da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Paulo Burmann, falou sobre a experiência da instituição, uma das primeiras a adotar o ensino remoto durante a pandemia. Burmann disse que apesar das dificuldades, essa forma de ensino proporcionou a manutenção de um vínculo com os estudantes evitando, inclusive, a evasão durante esse período. “Com a pandemia os prejuízos são inevitáveis, por isso tratamos o ensino remoto como uma estratégia para a redução de danos”, ponderou.

Marcus David, reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), ressaltou que muitas universidades só estão retomando as aulas agora porque o objetivo inicial era voltar com aulas presenciais, o que tornou-se impossível diante do avanço da pandemia. “Nós queremos tranquilizar os nossos estudantes dizendo que vamos cumprir com os nossos objetivos, com o tempo todos os calendários acadêmicos serão repostos”.

Edward Madureira destacou que esse novo cenário faz com que novas decisões precisem ser tomadas o tempo todo, mas que as Universidades Federais seguem firmes nos objetivos. “O nosso compromisso é com a qualidade da educação, com as pessoas, e isso se mantém”.

No encerramento, o reitor da UFG lembrou do papel fundamental das Universidades no enfrentamento da pandemia com os hospitais universitários, os laboratórios de exames e de confecção de equipamentos de proteção, as ações solidárias e com as pesquisas que ajudam a entender a pandemia, os impactos e buscam soluções em diversas áreas.