Sistema de segurança da UFG passa por mudanças
Plano de Segurança da Instituição visa foco na comunidade universitária
Texto: Versanna Carvalho e Ana Paula Vieira
A comunidade universitária da Universidade Federal de Goiás (UFG) é formada por mais de 30 mil pessoas entre aquelas que estudam e trabalham na Instituição. Há pouco mais de 10 anos, devido ao Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), a Instituição cresceu consideravelmente de tamanho: o número de estudantes de graduação saltou de 11 mil em 2007 para 33 mil em 2019 (ainda considerando os alunos das Universidades Federais de Jataí e de Catalão).
Essa expansão levou ao aumento da quantidade e complexidade das ocorrências relacionadas à segurança e o ano de 2020 começa com novidades nessa temática: a implantação dos quadrantes no Câmpus Samambaia - que envolvem a atuação de vigilantes divididos em áreas pré-determinadas -, e do controle de acesso no Câmpus Colemar Natal e Silva.
As principais mudanças para a Quadra 62, localizada no Câmpus da Praça Universitária, serão apresentadas pelas Secretarias de Promoção da Segurança e Direitos Humanos (SDH), de Infraestrutura (Seinfra) e de Tecnologia e Informação (Seti) da UFG em reunião nesta sexta-feira (7/2), às 9 horas, com a participação dos diretores das unidades e órgãos localizados no Câmpus Colemar Natal e Silva e do Diretório Central dos Estudantes (DCE).
Plano de Segurança
As instalações e testes de alguns desses novos sistemas tiveram início em janeiro de 2020, mas essas ações são decorrentes do Plano de Segurança da Universidade Federal de Goiás (2015/2017), que indicou à gestão superior a necessidade de ir além do conceito vigente de “segurança patrimonial” para dotar a Instituição de um sistema de segurança com o foco nas pessoas.
Desde então, o novo conceito de segurança vem sendo implementado na UFG baseando-se em três eixos principais: inovação tecnológica, inovação social e inovação de processo. A inovação tecnológica já ocorre com o aplicativo MinhaUFG e com a implantação de sistemas eletrônicos que permitem que todos os edifícios da UFG estejam integrados às Centrais de Monitoramento 24h via sistemas de circuito fechado de televisão (CFTV) e de alarmes.
Pessoas
A parte mais perceptível está relacionada à inovação de processos que contempla a ampliação e a forma como é feita a segurança das pessoas nos câmpus. Ela envolve a substituição gradual de vigias (com atuação limitada ao interior de seu respectivo prédio) por vigilantes setorizados por quadrantes. Essa medida amplia o raio de atuação, pois além de poder entrar em cada edifício de unidades e órgãos, eles poderão se movimentar pelas áreas de circulação externas (estacionamentos, passarelas). De acordo com o secretário de Promoção da Segurança e Direitos Humanos da UFG (SDH-UFG), Ricardo Barbosa de Lima, a expectativa é de que haja a diminuição do tempo de resposta aos chamados feitos pelo MinhaUFG ou pelo telefone 3521-2000.
Esta inovação na organização do serviço de segurança ocorre por meio dos processos de controle social e a integração interinstitucional. O primeiro está relacionado à criação do Conselho Permanente de Acompanhamento da Política de Segurança e Direitos Humanos da UFG que inova ao reunir a representação da comunidade universitária; Associação de de Pós-Graduandos (APG); Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativo em Educação das Instituições Federais de Ensino Superior do Estado de Goiás (Sintifesgo); Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg); e Conselhos Superiores com as comunidades do entorno dos câmpus, os Conselhos Comunitários de Segurança de Goiânia (Consegs). A integração interinstitucional se dá com a participação de representantes das forças de segurança Polícia Militar (PM), Polícia Civil (PC), Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF) por meio de convênios e parcerias.
Otimização
O secretário Ricardo Barbosa de Lima reforça ainda que a opção por um novo sistema de segurança para a UFG é fruto do trabalho realizado ao longo de um ano e meio de gestão da SDH, que iniciou com o mapeamento das áreas mais sensíveis a ocorrências. Ricardo acredita também que a própria comunidade universitária passará por uma mudança de cultura e que já é possível constatar os benefícios da mudança.
A meta é direcionar essa estrutura da segurança patrimonial para servir à segurança das mais de 30 mil pessoas que estudam e trabalham na UFG todos os dias. É nesse contexto de otimização e modernização da segurança que, desde 2015, a gestão superior vem investindo em tecnologia e revendo os contratos de vigia e vigilantes, para, por exemplo, paulatinamente ampliar o quadro desses últimos a par de diminuir número de postos de vigias.
Na reunião desta sexta-feira (7/1), também deve ser apresentado um cronograma de implantação dos novos sistemas e procedimentos adotados a partir do Plano de Segurança da UFG.
Fonte: Reitoria Digital/ UFG
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