Reitor da UFG participa de Comissão de Ciência e Tecnologia na Câmara dos Deputados em Brasília
O debate reiterou o papel imprescindível das Universidades Federais no país que tanto contribuem para o desenvolvimento da sociedade
Texto: Marina Sousa
Foto: Cleia Viana/ Câmara dos Deputados
O reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG) e vice-presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Edward Madureira, participou hoje (30/10), da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática na Câmara dos Deputados em Brasília. O tema da comissão foi “O Papel da Universidade Pública no Desenvolvimento da Ciência e Tecnologia, da Educação e do Conhecimento”. Juntamente com o reitor participaram da mesa a deputada federal, Margarida Salomão (PT-MG), a vice-presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Fernanda Sobral, e o professor e membro do Comitê Executivo do Observatório do Conhecimento, Carlos Alberto Marques.
O reitor e vice-presidente da Andifes, Edward Madureira, apresentou um raio-X sobre os dados relevantes das instituições federais no país e explicou que a Universidade precisa ser compreendida em sua complexidade, além de formar profissionais, ela tem um papel decisivo no desenvolvimento científico, econômico e social do país. “ As universidades possuem uma rede de equipamentos públicos e serviços que atendem à população nas mais diversas áreas incluindo museus, agências de inovação, incubadoras de empresas e hospitais universitários federais que formam a maior rede pública brasileira do Sistema Único de Saúde (SUS), que oferecem atendimento gratuito e com qualidade para todos”, explicou o reitor.
Carlos Alberto Marques (Observatório do Conhecimento), esq. Edward Madureira (UFG), Margarida Salomão (PT-MG), e Fernanda Sobral (SBPC).
Ao longo dos últimos anos, o Sistema Público de Universidades Federais expandiu sua estrutura física, criou novos cursos e modelos pedagógicos de sucesso. No ano de 2003 havia no país 152 Câmpus, em 2010 eram 267 Câmpus e em 2018 o número passou para 334. O trabalho também impressiona na área médica onde há a atuação de 50 hospitais universitários, sendo 25 vinculados às Universidades Federais, que oferecem cerca de 9 mil leitos ativos, realizam mais de 315 mil internações, 400 mil cirurgias e 23 milhões de consultas e exames especializados por ano. Além de oferecerem mais de 7,5 mil vagas de residência multiprofissional e ser campo de pesquisa e prática para os alunos de graduação. Toda essa evolução contribuiu para que o Brasil saísse da 23° posição para o 13°lugar, dentre as nações nas atividades de pesquisa e inovação do ranking mundial.
A vice-presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Fernanda Sobral, defendeu as áreas de pesquisa de diversos institutos federais que contribuem de modo positivo no impacto socioeconômico do Brasil. “ Hoje possuímos pesquisas nas mais diversas áreas , como agricultura, automação, aeronáutica e ações de políticas públicas e, isso só foi possível por conta da atuação de nossas universidades”. A professora também citou o ranking do Times Higher Education, um dos mais influentes e reconhecidos do mundo que mostrou que no Brasil as primeiras posições, foram ocupadas por seis universidades federais, duas estaduais e uma privada. Já o professor e membro do comitê executivo do Observatório do Conhecimento, Carlos Alberto Marques, destacou que falar sobre a perspectiva das universidades federais brasileiras é algo urgente e conjuntural, pois é preciso garantir a sobrevivência e o financiamento público das instituições e que projeto Future-se sucateará a Educação. “O programa Future-se representa uma verdadeira reforma e a implantação de um modelo diferente de universidade, se aprovado, estreitará a função da universidade e a quem ela deve servir, esse projeto diminuirá a instituição ao direcionar o trabalho acadêmico apenas para um setor da sociedade. O trabalho acadêmico será reduzido a prestação de serviços, no fundo isso sinaliza o abandono dos investimento públicos em pesquisa e na produção de conhecimento tornando o país ainda mais vulnerável”, finalizou o professor. A comissão foi proposta pela deputada Margarida Salomão (PT-MG) e pelos deputados, Márcio Jerry (PCdoB-MA), Ted Conti (PSB-ES) e Vitor Lipp (PSDB-SP).
Reitor, Edward Madureira, na Câmara dos Deputados em Brasília.
Fonte: Reitoria Digital/ UFG
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